sábado, 17 de novembro de 2012

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Restaurando o Altar para que haja Fogo

-Tema: RESTAURAÇÃO
I Reis 18.30-39
-Introdução: O altar da Igreja não é um palco de apresentações, mas é um lugar santo e consagrado para ministração da Palavra, salvação, cura e libertação. Contudo, muito mais que o altar, as nossas vidas devem ser um altar para o Senhor.
No tempo do profeta Elias, existiam vários altares de adoração ao Senhor. Entretanto, o povo estava adorando ídolos e muitas vezes usando o altar para Baal. Por isso, o profeta Elias convocou o povo para tomar uma decisão radical “disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu” (I Reis 18.21).
Então Elias marcou um desafio com os seguidores de Baal para saber quem é Deus. Fariam um sacrifício sem colocar fogo e o Deus que respondesse com fogo seria o verdadeiro Deus. Foram ao altar no monte Carmelo, prepararam dois cordeiros e os seguidores de Baal escolheram o primeiro cordeiro e começaram a clamar, mas Baal não respondia. Chegaram ao ponto de se cortar e gritar desesperados para que Baal mandasse fogo, mas nada aconteceu.
Chegada a vez de Elias, primeiramente “restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas” (v.30). Ele sabia que não teria resultado se não fizesse isso antes. Deus não manda fogo em altar quebrado ou profanado. Em obediência à palavra do Senhor, “tomou doze pedras ... e ... edificou o altar em nome do SENHOR” (v.31,32).
Para provar que seria algo sobrenatural, também fez um rego ao redor do altar e derramou muita água para que ficasse completamente encharcado. Somente pelo poder de Deus aquela lenha umedecida, o cordeiro molhado, bem como as pedras do altar pegaria fogo. E foi isso que aconteceu quando Elias orou (v.37) ao Senhor “caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego” (v.38). E o povo glorificou reconhecendo o poder de Deus “O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!” (v.39).
O altar da Igreja precisa ser restaurado, espiritualmente falando, para que o fogo de Deus se manifeste no meio do povo de Deus. É preciso fazer concertos antes, então a manifestação do Senhor é livre abundante no culto.
Se quiser que Deus se manifeste com seu poder em sua vida, primeiro é preciso restaurar o Altar do seu coração. Você gostaria de receber o fogo do Senhor em sua vida? Peça ao Espírito Santo que restaure seu coração.
Como posso restaurar o Altar da minha vida?
Comparando às doze pedras utilizadas por Elias, vamos refletir sobre doze características que precisamos para restaurar o altar da Igreja e o Altar de nossos corações:
1- ORAÇÃO: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” Tiago 5.16
A ORAÇÃO é a primeira pedra que colocamos na restauração do Altar. O texto acima fala da oração que confessa os pecados, intercede uns pelos outros, ministra cura e que é eficaz em tudo.
Uma Igreja cujo altar é cheio de fogo do Espírito Santo, é uma Igreja que ora incessantemente. Um cristão que tem o altar do coração restaurado e aquecido pelo poder de Deus, vive uma vida de intimidade e oração todos os dias.
Você tem uma disciplina de oração?
Restaure a pedra da oração no teu Altar!
                              
2- BÍBLIA: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” II Timóteo 3.16
A BÍBLIA é a segunda pedra par a restauração do Altar. Jesus mandou “examinar as escrituras” (João 5.39), precisamos ouvir a Palavra de Deus para ter fé (Romanos 10.17), somos libertos de todo mal pela verdade da Palavra de Deus (João 8.32) e devemos usar a Bíblia como uma Espada do Espírito (Efésios 6.17b).
O altar da Igreja é o lugar de pregação das Escrituras e uma igreja é fortalecida quando busca conhecimento da Palavra como alimento principal. O pastor deve defender a doutrina da Igreja fundamentado na Bíblia e combater heresias. Para restaurar o Altar da Igreja é preciso ter a pregação como prioridade.
Um crente que tem o altar de seu coração cheio de fogo, ama a Bíblia, e “nela medita de dia e de noite” (Salmos 1.2). Para restaurar o altar do coração a pessoa deve se empenhar pela leitura da Bíblia.
Você e sua Igreja têm estudado a Bíblia?
Restaure a pedra da Bíblia no teu Altar!

3- : “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” I João 5.4
A terceira pedra que firma este altar é a Fé. Com a leitura da Bíblia e oração, a fé é fortalecida. Jesus é o “Autor e consumador da fé” (Hebreus 12.2), que nos serve como escudo (Efésios 6.16).
A Igreja precisa ser fervorosa, cheia de fé. As palavras, pregação e orações ministradas no altar, bem como tudo o mais, deve ser feito pela fé. Também na vida do crente, tudo deve ser motivado pela fé. Quando a Igreja vive pela fé, o fogo do Espírito Santo é derramado poderosamente.
Sua Igreja e você vivem pela fé?
Restaure a pedra da Fé em seu Altar!

4- ESPERANÇA: “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo” Romanos 15.13
A quarta pedra do altar é a ESPERANÇA. O que é Esperança? É esperar com fé. A continuação da fé. Quem crê e persevera tem esperança em Deus. A Esperança é a fé que persevera.
O pessimismo destrói os sonhos. Quando a pessoa é pessimista não consegue olhar para o futuro e ser feliz. Por isso quando encontramos a verdade em Jesus Cristo, somos cheios de esperança e capazes de viver melhor.
Uma Igreja verdadeira precisa ser esperançosa. Olhar para as vidas com esperança de ver uma mudança em seu viver. O ambiente do culto deve inspirar as pessoas a ter esperança de que tudo vai melhorar. O crente tem que ter esperança de que tudo pode melhorar com ajuda de Deus.
Você tem esperança no futuro? Sua Igreja é esperançosa?
Restaure a Pedra da Esperança em seu Altar!

5- AMOR: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” I Pedro 4.8
A quinta pedra que firma o altar é o Amor. Ele fica quase no meio das outras pedras como um “que é o vínculo da perfeição” (Colossenes 3.14). O amor nos ajuda a perdoar as pessoas esquecendo o que fizeram contra nós, por isso o amor cobre multidão de pecados. O amor do mundo é passageiro e decepcionante, mas o Amor Ágape de Deus é gratuito e sacrificial.
A Igreja precisa amar porque “se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (I Coríntios 13.3). Muitas vezes é preciso mexer nas estruturas eclesiásticas para que não haja conflitos na Igreja. Um verdadeiro crente é “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). A pedra do amor deve ser restaurada em nosso altar. Precisamos lutar para continuar amando a cada dia mais. Tudo na Igreja e na vida do cristão deve ser voltado para manifestar o amor de Deus.
O que você e sua Igreja têm feito para mostrar o amor?
Restaure a pedra do Amor em seu Altar!

6- ALEGRIA: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria” Salmos 100.1,2
A sexta pedra que firma este altar é a Alegria. Sem alegria tudo se torna difícil, mas quando estamos alegres nem vemos as horas passarem. Para servir a Deus é preciso alegria, por que viver para Deus é algo muito bom e Ele realiza maravilhas para nós. Quando estamos tristes não temos forças para fazer nada, “portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Neemias 8.10c).
O clima da Igreja deve ser alegre e cheio de júbilo para que todos que entrarem tristes saiam confortados pelo Espírito Santo e fortalecidos pela alegria do Senhor. Não basta apenas dizer que o crente tem que ser alegre, mas a alegria do cristão deve ser nas coisas de Deus. Sendo assim, estará sempre contente. Não adianta ficar com muito moralismo e exigências. Isso faz com que as pessoas sejam sisudas e o ambiente esteja pesado.
Sua Igreja é alegre? Você tem alegria em servir a Deus?
Restaure a pedra da Alegria em seu Altar!

7- PAZ: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” Filipenses 4.7
A sétima pedra que firma este altar é a PAZ. Quando saudamos os irmãos dizemos ‘a paz do Senhor’ para declarar que estamos em paz uns com os outros e começar nossos diálogos de maneira pacífica. Esta paz que temos não é a paz do mundo que é passageira e sim a paz doada por Jesus que é eterna (João 16.33).
A Igreja deve ser promotora da paz e do bem estar para seus membros e toda a comunidade ao redor prestando serviços missionários que apontem para o Reino de Deus. Do mesmo modo todo crente deve “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12.18).
Você tem paz em seu coração? Sua Igreja está em paz?
Restaure a pedra da PAZ em eu Altar!

8- PACIÊNCIA: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor” Tiago 5.10
A oitava pedra que firma este altar é a Paciência. Precisamos ter paciência para enfrentar as provações (Romanos 12.12) e para suportar os irmãos com amor (Colosseneses 3.13). Deus é paciente para conosco e assim devemos ser também para com o nosso próximo. A longanimidade, ou ânimo longo, sinônimo de paciência é um fruto do Espírito Santo na vida do cristão (Gálatas 5.22).
O Altar da Igreja precisa da pedra da paciência porque nem tudo acontece na hora que queremos, mas no tempo de Deus. Então a obra acontece de acordo com a vontade do Senhor e não podemos forçar as coisas exigindo que se realize do nosso jeito.
Sua Igreja e você tem tido paciência?
Restaure a pedra da Paciência em seu Altar!

9- BONDADE: “nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento, para que a tua bondade não venha a ser como que por obrigação, mas de livre vontade” Filemom 1.14
A nona pedra do Altar restaurado é a Bondade. Tudo na Igreja e na vida de um cristão deve ter esta virtude “porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade” (Salmos 100.5).
Deus é bom para conosco não por merecermos, pois não somos merecedores, mas por misericórdia. Do mesmo modo devemos ser bons para as pessoas sem julgar se merecem ou não, agindo sempre com amor Ágape que não busca seus interesses.
Você tem exercido a Bondade pela misericórdia ou julga o merecimento das pessoas?
Restaure a pedra da Bondade em seu Altar!

10- FIDELIDADE: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” Lucas 16.10
A Fidelidade é a décima pedra deste Altar. Deus é sempre fiel, “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (II Timóteo 2.13). A fidelidade deve ser irrestrita e incondicional como um exercício da Fé.
Quando a igreja é fiel ao Senhor, Deus opera grandiosamente no meio do seu povo. Se o cristão é fiel a Deus em tudo, sua vida é mais que abundante de vitórias. Isso também se aplica aos Dízimos e Ofertas. O Senhor multiplica infinitamente para aqueles que creem e praticam a fidelidade.
Ser fiel também é ser obediente, ser submisso, manter seus compromissos pessoais, com a Igreja e seus votos ao Senhor.
Sua Igreja é Fiel ao Senhor? E voe tem sido fiel no pouco?
Restaure a pedra da Fidelidade em seu Altar!

11- MANSIDÃO: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” Mateus 5.5
A décima primeira pedra para restauração do Altar é a Mansidão. Precisamos aprender com Jesus que é “manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.29). Jesus prometeu que os mansos têm uma herança na terra, ou seja, vão conseguir tudo o que querem nesta terra com mansidão. Realmente com braveza e pressa ninguém consegue nada, mas com calma e mansidão se vai ao longe.
Na Igreja é preciso mansidão para tratar aos irmãos. Isso não é fácil, mas é indispensável para um bom relacionamento na comunidade.
Você tem sido manso com as pessoas?
Restaure a pedra da Mansidão em seu Altar!

12- DOMÍNIO PRÓPRIO: “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” Provérbios 25.28
A última pedra deste Altar restaurado é o Domínio Próprio. O texto acima compara a pessoa sem domínio próprio com uma cidade destruída e sem proteção onde todo tipo de coisas ruins podem acontecer.
Esta pedra nos mostra uma característica que precisamos para manter todas as outras, pois não posso orar, ler a Bíblia, amar, ter fé, esperança e as outras virtudes apenas quando tenho vontade. È preciso determinação. Sendo assim você consegue perseverar nos outros aspectos.
Domínio Próprio também tem a ver com o controle das emoções que às vezes estão efervescendo e precisam ser contidas. A língua é outro lado que precisamos dominar muito em nossas vidas para não pecar contra Deus e contra os irmãos. As vontades da carne precisam ser negadas até o ponto de crucificar o velho homem “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Coríntios 10.5).
Você tem conseguido se dominar?
Restaure a pedra do Domínio Próprio em seu Altar!

Restaure o Altar de seu coração!
-CONCLUSÃO:
As pedras para restaurar o Altar foram compradas com virtudes indispensáveis. Falamos sobre a restauração do Altar através da Oração e da Palavra de Deus como bases iniciais para estruturar a vida espiritual de uma Igreja ou de qualquer cristão. Depois passamos para as três coisas mais importantes que são a fé, a esperança e o amor (I Coríntios 13.13). Então passamos para os frutos do Espírito, tendo já falado do primeiro que é o amor, partindo para alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5.22,23).
O Altar da Igreja precisa ser santo e restaurado para que o fogo do Espírito Santo se manifeste sobre o povo de Deus. Mas o altar também é a vida de cada crente. Não fique olhando para os outros na Igreja. Por isso oramos de olhos fechados, para olhar somente Jesus. Examine-se e deixe o Senhor restaurar o Altar de sua vida. Deste modo o fogo do Espírito Santo virá sobre você.
Você já passou pela restauração do Altar?
Restaure o Altar de sua vida e sinta o fogo do Espírito descer sobre você!




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Vale da dor
1. O vale da dor é incontornável. Todos passamos por ele. Todos sofremos.
2. Jesus também teve o seu Getsêmani. O jardim do Getsêmani fica no sopé do Monte das Oliveiras, pois ali existia muitos olivais. Getsêmani significa lagar de azeite, prensa de azeite.
3. Por ser um aparato destinado a receber os frutos da oliveira, para transformá-los em óleo, produto de muitas utilidades, o dito aparato era instalado mesmo no interior do jardim das Oliveiras.
4. Foi neste lagar de azeite, onde as azeitonas eram esmagadas, que Jesus experimentou o mais intensa e cruel agonia. Ali sua vida foi moída. Ali foi esmagado sob o peso dos nossos pecados. Ali seu corpo foi golpeado. Ali suou sangue. Ali enfrentou a fúria do inferno, o silêncio do céu.
I. O PRELÚDIO DO VALE DA DOR 
1. Olhe pela janela dos quatro evangélicos e veja que noite fatídica foi aquela para Jesus.
2. Lá estava Jesus, com os doze discípulos, celebrando a Páscoa
a) Ele ensina a eles a humildade, lava-lhes os pés;
b) Ele aponta o traidor, e este sai na escuridão daquela noite para o trair;
c) Ele lhes dá o novo mandamento;
d) Ele avisa a Pedro “Nesta noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”.
e) Ele lhes consola: “Não se turbe o vosso coração…”
f) Ele ora por eles (Jo 17).
3. Saem de noite, do Cenáculo, na noite da trama, da armadilha, dos acordos escusos, do suborno traidor, na calada da noite. O sinédrio está reunido na surdina, urdindo planos diabólicos, subornando testemunhas, comprando a consciência fraca de Judas.
4. Saem do Cenáculo apenas em 11. Judas não voltou. Descem o Monte Sião. Cruzam o Vale do Cedrom. Entram no Getsâmani. Era noite. Dos 11 que o acompanham, 8 estão ficando para trás. E parece que por ordem dele: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”
5. Continua Jesus caminhando, mas agora, somente com 3. A angústia toma conta de sua alma. A morte, o salário do pecado, o acossa. “A minha alma está profundamente triste até a morte”.
6. Os 3 ficam também para trás. Ele agora segue sozinho. Ajoelhou-se o Senhor do céu e da terra. Ajoelhou-se o Rei do Universo. Ajoelhou-se o Deus encarnado.
Prostrou-se com o rosto em terra – humilhou-se.
Ora intensamente, numa luta de sangrento suor.
O anjo de Deus vem consolá-lo.
Judas capitaneia a súcia, a turba maligna.
Os inimigos caem. Cristo se entrega voluntariamente.
II. AS MENSAGENS DO VALE DA DOR
1. No Vale da dor enfrentamos profunda tristeza – v. 38 
No Getsêmani da vida você terá tristeza. Sim, se Cristo passou pelo Vale da Dor, nós também passaremos. Vida Cristã é um vale de lágrimas. Temos alegria do céu, mas cruzamos também os vales da dor. Passamos por desertos esbraseantes, por ondas revoltas, por ventos contrários, por rios caudalosos, por fornalhas ardentes.
Jesus também teve tristeza e não foi só no Getsêmani:
a) Ficou triste com a morte do seu amigo Lázaro – e essa tristeza levou-o também a chorar. Quantas vezes você já ficou triste e chorou pela morte de um amigo, de um ente-querido?
b) Ficou triste e chorou sobre a cidade de Jerusalém – Jesus chorou ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém, assassina de profetas, rebelde. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os que te foram enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus filhotes, mas tu não o quisestes”. Quantas vezes você já chorou por um parente ou amigo que se recusou a crer em Cristo até a hora da morte?
c) Ficou triste no Getsêmani – Agora, entre a ramagem soturna das oliveiras, sob o clima denso da trama, e peso da cruz Jesus declara: “A minha alma está profundamente tirste até a morte”.
d) Por que Jesus estava triste?
1) Era porque sabia que Judas estava se aproximando com a turba assassina?
2) Era porque estava dolorosamente consciente de que Pedro o negaria?
3) Era porque sabia que o Sinédrio o condenaria?
4) Era porque sabia que Pilatos o sentenciaria.
5) Era porque sabia que o povo gritaria infrene: Crucifica-o?
6) Era porque sabia que o povo escolheria a Barrabás e o condenaria?
7) Era porque sabia que seria açoitado, cuspido e humilhado pelos soldados romanos?
8) Era porque sabia que os seus discípulos o abandonariam na hora da morte? NÃO!!!
A tristeza de Cristo era porque sua alma pura, estava recebendo toda a carga de todos os nossos pecados. Na cruz Deus escondeu o rosto do seu Filho. Ali ele foi feito pecado e maldição. Ali ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Até o sol escondeu o rosto de Jesus, e as trevas cobriram a terra.
Jesus foi traspassado, moído. Na cruz ele desceu ao Hades.
Ali ele entristeceu-se porque sorveu sozinho o cálice da ira de Deus. Só pagou o preço da nossa redenção. Sofreu só, sangrou só, só morreu!
Como você tem enfrentado o seu vale de dor, o seu Getsêmani?
2. O vale da solidão- v. 39
No Getsêmani da vida, no vale da dor, muitas vezes, você sofrerá sozinho.
Nesta hora Jesus buscou dois refúgios: a solidariedade humana e a vontade divina. Na solidão precisamos de a) Comunhão Humana; b) Comunhão com Deus. Jesus pediu a presença dos 3 discípulos com ele. Jesus não pede nada, nem quer ouvir nada deles, mas pede a presença deles. Paulo também prediu que Timóteo fosse ter com ele e levasse João Marcos. Na hora da solidão, precisamos de gente e precisamos de Deus!
a) Muita gente há havia abandonado a Jesus (Jo 6:66).
b) Seus discípulos o iam abandonar agora (Mt 26:56).
c) Pior de tudo, na cruz ia gritar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” – As multidões o deixaram. Os discípulos o deixaram. Agora é desamparado pelo próprio Pai.
d) Muitas coisas disse Jesus às multidões. Quando porém, falou de um traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses 12 é que ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
e) Quando Paulo estava no seu Getsêmani, na prisão romana, à beira do martírio, disse: “Todos me abandonaram. Na minha primeira defesa ninguém foi ao meu favor. Mas ali viu sua coroa.
f) Quando João foi exilado na Ilha de Patmos, passou pelo seu Getsêmani sozinho, mas ali Deus lhe abriu a porta do céu.
g) Quando Jó foi abandonado pela sua mulher, e acusado pelos seus amigos, pode ver a Deus face a face.
h) Como você tem enfrentado a sua solidão?
3. O vale da oração – v. 39,42,44
Quando passamos pelo Vale da dor, muitos murmuram, outros se desesperam, outros deixam de orar, outros deixam de ler a Bíblia, outros abandonam a igreja, outros se revoltam contra Deus.
Nas provas devemos aprender a orar como Jesus. Sua oração foi marcada por 5 características:
1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos. Ele, o criador do universo, está com o rosto em terra, suando sangue. Como não deveríamos estar quando também atravessamos o vale da dor?
2) Intensidade (Lc 22:44) – Jesus enfrentou a maior batalha da sua vida em oração. A batalha foi tão intensa que Jesus começou a suar sangue. Foi uma oração de guerra. Ele se agonizou em oração.
3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente.
4) Vigilância (v. 41) – Jesus alertou os discípulos para vigiar e orar. Porque não vigiaram: 1) Dormiram na batalha; 2) Pedro negou Jesus; 3) Os discípulos fugiram; 4) Pedro cortou a orelha de Malco; 5) Não sabiam o que responder a Jesus? Seus olhos estavam carregados de sono, porque seus corações estavam vazios de oração.
5) Submissão (v. 39,42,44) – A oração não é que a vontade do homem seja feita no céu, mas para que a vontade de Deus seja feita na terra. Porque Jesus orou teve coragem para enfrentar a turba, a prisão, os açoites, a cruz, a morte. Sem oração você foge como os discípulos (v. 56). “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se orar, o bicho foge”.
Muitos se desesperam quando cruzam o vale da dor, mas Cristo caiu de joelhos e orou e na oração prevaleceu. E você, tem se rendido a Deus? Tem se colocado de joelhos, dizendo: “eu me rendo Senhor, seja feita a tua vontade Senhor”.
Marcos 14:36 diz que Jesus começou sua oração, dizendo: “Aba, Pai”. Era a palavra que uma criancinha usava para se dirigir ao seu Pai. Jesus se dirige a Deus, sabendo que ele é Pai, digno de toda confiança. O que nos livra da tentação é saber que no vale da dor: Deus é bom e ele é o nosso Pai.
4. O vale da Consolação (Lc 22:43) 
Deus nos consola nos dando livramento da prova, ou nos dando poder para vencer as provas.
a) Paulo ora 3 vezes pedindo cura do espinho na carne, mas Deus lhe diz: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
b) Tiago diz que devemos ter por motivo de toda a alegria, o passarmos por diversas tribulações (Tg 1:2-4).
c) No Getsêmani da vida, Deus o consolará: “E apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava”.
d) Jesus não encontrou pleno conforto nos seus discípulos, pois a vigília da solidariedade tinha se transformado no sono da fuga. Mas quando Jesus buscou a face do Pai, um anjo desceu do céu para confortá-lo. Porque os amigos mais solidários falharam, ele ficou solitário com o Pai e foi consolado.
e) Agora o sofredor manchado de sangue é consolado por um anjo do céu. Depois que travou a mais sangrenta batalha da história. Depois que aceitou sorver sozinho o cálice da ira de Deus. Depois que se dispôs a carregar o lenho maldito. Depois que se dispôs a se tornar maldição por nós. Depois que desafiou o inferno e seus demônios, foi consolado!
f) Deus nunca abandona os seus no vale da dor, no Getsêmani da vida. Ele é o Deus e Pai de toda consolação.
1) Os amigos de Daniel – No Getsêmani da fornalha foram consolados pelo anjo do Senhor.
2) Pedro na prisão – ia ser morto no dia seguinte, mas o anjo do Senhor o levantou, o guiou, o livrou, o consolou.
3) Paulo no naufrágio – Passou 14 dias na voragem do mar. Tempestade convulsiva. Todos haviam perdido a esperança. Mas Deuse enviou seu anjo para confortar a Paulo e lhe garantiu a vitória.
4) Você tem sentido a consolação de Deus?
CONCLUSÃO 
1) Como foi que Jesus entrou no Getsêmani da sua vida? Profundamente angustiado, abatido e cheio de tristeza.
2) Como foi que saiu? Tão fortalecido e vitorioso que bastou somente uma palavra sua para fazer seus inimigos recuarem, caindo todos por terra. Jesus não foi preso, ele se entregou. Ele se deu. Ele morreu. Ele ressuscitou. Ele venceu. Ele está conosco. Ele nos consola, nos guia, nos leva para a Casa do Pai.
Autor: Hernandes Dias Lopes
Fonte: Palavra da Verdade 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?  (mobi)  
O Que a Bíblia Diz?

No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia.  Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar  e adorar no dia do sábado?  Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos.  O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1).  No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo.  (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).
Efésios 2:14-15
"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz."  Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos".  Desde que a guarda do sábado era um  destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.
Romanos 7:4-7
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus.  Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte.  Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.  Que diremos pois?  É a lei pecado?  De modo nenhum.  Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera:  Não cobiçarás."  Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei".  A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).
2 Coríntios 3:6-11
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.  E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito?  Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.  Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória.  Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente."  Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça.  O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando.  Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo?  Era o ministério "gravado com letras nas pedras".  Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.
Gálatas 3:15-5:4
Gálatas 3:19­  "Qual, pois, a razão de ser da lei?  Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador."  Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25­  "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.  Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio."  A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5­  "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo.  Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai.  Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos."  A lei foi dada para a infância do povo de Deus.  Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31­ "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . .  E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre."  Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre).  Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava.  Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos.  Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4­  "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes."  A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.
Hebreus 7-10
Hebreus 7:12­
  "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei."  A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19­  "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus."  A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13­  "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda.  E, de fato, repreendendo-os, diz:  Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.  Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor.  Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.  E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo:  Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.  Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei.  Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeiraOra, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer."  Temos uma nova aliança.  Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4­  "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança."  A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.
Colossenses 2:16-17
"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo."  Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4).  O sábado não é, para nós, hoje, mais  parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova.  Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2).  (Veja Notas 5 e 6).
Nota 1:
O sábado era só para os judeus.

Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus.  Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18­  "Disse mais o Senhor a Moisés:  Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás:  Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica.  Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros:  aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo.  Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá.  Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações.  Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento.  E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus."  Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12­  "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe:  Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes.  O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe.  Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus."  A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12­  "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto.  Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles.  Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3).  E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que  guardassem o sábado desde o tempo da criação.  Mas nenhuma passagem afirma isso.  De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou  um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito.  Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia.  De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­  desde o tempo de Moisés até Cristo.
Nota 2:
Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?

O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento.  Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés.  Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente.  Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14­  "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6­  "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18­  "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . .  Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . .  Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . .  Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29­  "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor:  Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24).  Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés.  Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10).  Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial  de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista.  Não é encontrada na Bíblia.
Nota 3:
O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.


Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais."  A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos.  A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados".  Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais).  [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida  (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)].  Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31­  "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde.  E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4­  "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13­  "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano:  na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3­  "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33­  "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17­  "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel:  ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11­  "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16.  Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?
Nota 4:
O significado espiritual do sábado


O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17).  O sábado significa descanso e libertação do trabalho:  Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado.  Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30).  Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).
Nota  5:
Os primeiros cristãos adoravam no domingo


Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo.  Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana.  Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão.  Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42;  1 Coríntios 10:16;  11:18-34),  está claro que isto se refere à Ceia do Senhor.  Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2­  "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia.  No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for."  Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana.  Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?
Nota 6:
Respondendo a objeções


· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim.  Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento.  Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19).  Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha.  Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado.  As Escrituras não ensinam isto.  Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo).  O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas.  Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados.  Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre.  No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17).  Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?).  Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações".  Estas expressões significam "duração de uma era".  Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre":  por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24).  Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos":  a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22;  7:34, 36),  o sacrifício anual de animais pela expiação  dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc.  Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje;  porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei.  Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas:  não vim para revogar; vim para cumprir.  Porque em verdade vos digo:  Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra."  Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei.  Ele não veio para demolir ou destruir a lei.  De fato, Ele era o cumprimento da lei.  A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer.  Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei  obrigaria para sempre;  nem os adventistas afirmam isso.  Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado.  Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado."  Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém.  Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado.  E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil.  Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado.  Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga.  Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica.  Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente.  Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica.  Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário.  A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.